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Constância de Viver

Atualizado: 9 de mar. de 2021


Se existir um símbolo da constância de viver em Constância, Bela Sombra é esse símbolo.

Plantada em 1988 junto à confluência do Zêzere com o Tejo, ràpidamente atingiu uma altura gigantesca superior a 12 metros. Sob a sombra de seus ramos frondosos nascidos de um unico tronco com um perímetro superior a 4 metros, muitas crianças brincaram, alguns piqueniques se fizeram, muitos beijos selaram sentimentos, muitos juramentos jurados.

Até 2011, assim foi. Entretanto o tronco rachou e dividiu a árvore em 2 metades.Sendo um perigo real, o tronco teve que ser cortado rente.

Teimosa e constante, ràpidamente a árvore reinvindicou o seu direito à vida, estendeu as suas raízes e novos rebentos brotaram e cresceram livremente, como mostra a imagem, como que um hino à vida.


Devido à localização estratégica e à rede de barcas para transportar pessoas e mercadorias, Constância foi, e é ( hoje por motivos diferentes), uma confluência de rios e de pessoas. Não só mercadores como também figuras destacadas do Reino. E Constância sabia receber, e por isso foi recompensada.

* Luis de Camões escreveu aqui grande parte da sua obra durante o desterro entre 1546 e 1547. Da janela com grades do cubículo que ocupava na Casa dos Arcos, via o Tejo e imaginava as Ninfas. E cantou-o; e o "Zânzere" também foi enaltecido.

* O rei Dom Sebastião aqui permaneceu mais de um ano para se proteger da peste que assolava Lisboa. Os ares dos rios e a assistência do moderno Hospital da Irmandade da Misericordia de Punhete (denominação de Constância na época) construido junto à Ermida de São Sebastião restauraram o vigor e a vontade do jovem rei de alargar o Império de Portugal. Antes de partir, conferiu em 1571 o foral de vila ao (até então) lugar de Punhete, passando a ser judicial e administrativamente autónoma face a Abrantes.